quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

February 05, 2014 at 09:30PM

“Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com esta fome na boca, beber um copo de leite, molhar plantas, jogar fora jornais, tirar o pó de livros, arrumar discos, olhar paredes, ligar-desligar a tevê, ouvir Mozart para não gritar e procurar teu cheiro outra vez no mais escondido do meu corpo, acender velas, saliva tua de ontem guardada na minha boca, trocar lençóis, fazer a cama, procurar a mancha da esperma tua nos lençóis usados, agora está feito e foda-se, nada vale a pena, puxar as cobertas, cobrir a cabeça, tudo valea pena se a alma, você sabe, mas alma existe mesmo? e quem garante? e quem se importa? (…) amanhã não desisto: te procuro em outro corpo, juro que um dia eu encontro. Não temos culpa, tentei. Tentamos.” Caio Fernando Abreu.

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February 05, 2014 at 09:28PM

“Porra, a vida é triste, como se pode viver, que dirá trabalhar – a gente dorme e sonha que está do outro lado – e é aí que o lobo que nos espreita fica mil vezes pior do que sabe-se lá o quê – e, olha aí, parei – como pode um homem mentir e dizer merda quando tem ouro na boca?” Jack Kerouac, in O livro dos Sonhos.

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sábado, 18 de maio de 2013

#9: um livro que ganhei de presente

esse post faz parte do Desafio dos 50 livros.



O único tipo de escritor [que eu] poderia ser é o tipo que se expõe... Escrever é consumir a si mesma, apostar a si mesma. Mas até agora eu não consegui gostar nem do meu próprio nome.
***


Ganhei os Diários de Susan Sontag no meu aniversário de 20 anos, da querida Tory - que nunca erra na escolha pra mim. A identificação com Susan foi imediata e eu devorei cada palavra muito rápido, mas acabei nunca trazendo aqui pro blog, apesar dos muitos grifos. O livro reúne trechos dos cadernos de 1947 a 63, em que a incrível Susan compartilha de suas angústias, dramas, leituras e conclusões sobre a vida, a sexualidade, a escrita. O período é agitado: ela se casa, tem um filho, troca de universidade, começa a ter experiências homossexuais e finalmente dedica-se ao trabalho novamente, com empenho, buscando encontrar-se.

terça-feira, 7 de maio de 2013

#50: um livro que você recomenda

esse post faz parte do Desafio dos 50 livros.


"A escrita não ressuscita. Ela enterra." 
Em A  culpa é das Estrelas, 
por JOHN GREEN.

Sim, eu vou postar o desafio fora de ordem. Minha mente não está preparada para se conformar com as amarras da sociedade e dos memes. Me deixem.


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A curiosidade fez com que eu devorasse a história de Hazel e Gus muito rápido - o que foi bom, intenso, cheio de significado. Cheio de frases deliciosas pra guardar no coração, cheio de identificação. Mas sinto que preciso ler de novo. Devagar. Buscando conforto naqueles cantos escondidos que sempre passam batido na primeira vez, ainda mais quando tão intensa. É uma história sobre vida, sobre morte, sobre o valor que damos às coisas, sobre como o amor é intrigante e cheio de nuances e como tudo pode ser visto por infinitas perspectivas diferentes e incríveis. Eu diria mais, mas seria injusto com quem ainda não leu dar qualquer tipo de spoiler. A narrativa emociona, mesmo quando desconfortável. Então, se eu tiver que dizer apenas uma coisa, será: leiam.



segunda-feira, 22 de abril de 2013

#4: um livro sobre animais

Demorei mais de um ano para aparecer aqui e surjo com um livro que não tem grifo? Isso mesmo.
Dessa vez eu pretendo terminar o desafio, juro. Até o fim, juro. HAHA. Fiz uma planilha pra isso e tudo.

E estou lá na página do Facebook sempre, pra quem acha que o amor morreu. :P

esse post faz parte do Desafio dos 50 livros.



de BOO: The life of the World's Cutest Dog
de J. H. LEE





No fim do ano passado, recebi de um amigo que voltava do exterior a promessa do presente mais fofo do mundo. Nem preciso dizer que fiquei curiosíssima para saber o que era, né? Mas, como sou da opinião de que se é pra ser surpresa, que seja até o fim, não pedi que me contasse. Quando nos encontramos, sem acreditar que pudesse haver TANTA fofura assim num presente só, sofri uma surpresa (e uma overdose de ~arcoiros~): o livro do Boo, o cãozinho que já costumava encher a minha timeline do facebook de doçura. Sério: mora na cabeceira da minha cama e sempre que estou pensando em coisas ruins demais eu folheio as fotos super gracinha e morro de rir com as legendas e o dia a dia do pet. Não dá pra não se apaixonar.

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